Cartão de Crédito com CASHBACK ou PROGRAMA DE PONTOS? Qual é o Melhor?

Serviços Financeiros | 7 de outubro de 2025 | Equipe Sou

Entre as opções de recompensas oferecidas pelos cartões do BTG Pactual, duas se destacam: o cashback, que devolve parte do valor gasto em reais, e o programa de pontos, que permite acumular e converter pontos em milhas, produtos ou dinheiro. Cada alternativa tem um perfil ideal de usuário enquanto o cashback prioriza simplicidade e retorno imediato, o programa de pontos pode gerar ganhos maiores para quem aproveita promoções e estratégias de transferência. A seguir, veja um comparativo detalhado de como cada sistema funciona, seus prós e contras, e qual pode ser mais vantajoso de acordo com o seu perfil financeiro e hábitos de consumo.

Resumo rápido do que cada opção oferece

  • Cashback BTG: 1% do valor gasto é devolvido em reais. O usuário pode escolher receber o crédito na fatura ou direcionar o valor para investimentos dentro do BTG.
  • Programa de pontos (BTG Black): a pontuação do cartão paga em pontos por dólar (no exemplo usado, 2,2 pontos por dólar). Os pontos são enviados automaticamente para a Livelo e podem ser usados em promoções de transferência para companhias aéreas ou vendidos/traduzidos em reais por sites especializados.

Como funciona o cashback do BTG

O cashback é simples e direto: 1% sobre o valor faturado no mês. Por exemplo, gastando R$10.000 em um mês, o retorno em cashback será de R$100. Esse valor é recebido em reais e pode ser creditado na fatura ou encaminhado para opções de investimento dentro do próprio BTG.

Como funciona o programa de pontos (BTG Black → Livelo → cias aéreas)

Com o BTG Black, a pontuação considerada no exemplo é de 2,2 pontos por dólar. Os pontos vão automaticamente para a Livelo todo mês. A estratégia lucrativa que Mirna explica consiste em:

  • Acumular pontos via fatura;
  • Aguardar promoções de transferência (por exemplo, bônus de 100% ao transferir da Livelo para uma companhia aérea);
  • Transferir os pontos com bônus para a cia aérea e, se desejado, vendê-los através de sites que compram milhas (resellers), obtendo reais em troca.

Exemplo prático

Premissas usadas pela análise:

  • Gastos mensais no cartão: R$10.000;
  • Câmbio utilizado: R$5,50 por USD;
  • Ganho do BTG Black: 2,2 pontos por USD;
  • Promoção de transferência: bônus de 100% (os 4.000 pontos viram 8.000).

Cálculo passo a passo:

  1. Converter reais em dólares: R$10.000 / R$5,50 ≈ US$1.818;
  2. Pontos acumulados: 1.818 × 2,2 ≈ 4.000 pontos;
  3. Com bônus de 100% na transferência: 4.000 → 8.000 pontos/milhas;
  4. Opções de liquidação (valores aproximados encontrados em plataformas de venda de milhas):
  • Venda direta na Livelo (4.000 pontos): ≈ R$60;
  • Venda via revenda de milhas (8.000 pontos, após bônus): Smiles ≈ R$136;
  • Latam (8.000 pontos): ≈ R$152;
  • Azul (8.000 pontos): ≈ R$160.

Comparação direta com o cashback: 1% de R$10.000 = R$100 em cashback.

Análise dos resultados

Com base nos números acima:

  • Sem promoção (sem bônus), vender pontos diretamente na Livelo rende muito menos do que o cashback (R$60 vs R$100).
  • Com promoção de transferência (bônus de 100%) e vendendo as milhas via revenda, o resultado pode superar o cashback (por exemplo, R$136–R$160 > R$100).
  • Há atraso no recebimento do dinheiro quando se vende milhas: o exemplo citado indica até 33 dias para receber o valor na conta.
  • Existem mínimos para transferência/venda (por exemplo, 3.500 milhas mínimo para algumas operações), então é preciso verificar requisitos antes de planejar.

Custos, anuidade e outros detalhes do BTG Black

O cartão Black do BTG tem uma anuidade que pode variar conforme os benefícios escolhidos. No BTG é possível customizar os benefícios (salas VIP, seguros, etc.), e cada benefício pode aumentar o custo. Importante:

  • Em muitos casos a anuidade pode ser isenta se o cliente manter um saldo mínimo investido no BTG — assim, a cobrança da anuidade depende do relacionamento com o banco;
  • Se a anuidade for isenta, o custo efetivo do cartão pode ser zero, tornando estratégias de pontos ainda mais atraentes;
  • Para avaliar a rentabilidade, sempre inclua a eventual anuidade/benefícios no cálculo.

Prós e contras — Cashback

  • Prós: Simplicidade, retorno imediato em reais, não depende de promoções ou timing, ideal para quem prefere liquidez e previsibilidade.
  • Contras: Percentual fixo e, em geral, menor potencial de ganho se o usuário souber aproveitar promoções de pontos.

Prós e contras — Programa de pontos

  • Prós: Potencial de retorno superior quando há bônus de transferência; excelente para quem viaja e usa milhas para emitir passagens, especialmente classe executiva; possibilidade de revender milhas por valores interessantes em mercados secundários.
  • Contras: Exige planejamento, timing e paciência; rendimento variável (depende de promoções e do mercado de revenda); pode haver prazos para conversão/recebimento do dinheiro; sem promoções, pode render menos que cashback.

Para quem cada opção é indicada

  • Cashback: quem busca simplicidade, liquidez imediata e não quer acompanhar promoções ou mercados de milhas.
  • Pontos / Milhas: quem viaja com frequência, pretende resgatar passagens (especialmente em classe executiva), ou quem tem disciplina para aproveitar bônus de transferência e mercados de revenda de milhas.
  • Perfil intermediário: quem eventualmente viaja e tem paciência para acompanhar promoções pode optar por pontos, mas mantendo sempre um plano B (como vender pontos quando a conversão for favorável).

Observações finais e recomendação

Em resumo: não existe uma resposta universal. Numericamente, o programa de pontos pode superar o cashback quando o usuário aproveita bônus de transferência e/ou vende milhas para programas específicos. Sem essas condições, o cashback de 1% é mais vantajoso do que vender pontos sem bônus.

Recomendação prática:

  1. Calcule seus gastos médios no cartão;
  2. Verifique se você consegue obter isenção da anuidade com investimentos no BTG;
  3. Se viaja frequentemente ou sabe aproveitar bônus de transferência, escolha o programa de pontos;
  4. Se prefere segurança e liquidez imediata, escolha o cashback;
  5. Considere alternar: mantenha pontos quando houver promoção e opte por cashback quando não houver oportunidades vantajosas.

Conclusão

A escolha entre cashback e programa de pontos depende do perfil e da disciplina do cliente. Com estratégia, (bônus de transferência e venda de milhas), os pontos podem superar o cashback. Mas para quem quer simplicidade e retorno garantido, o cashback continua sendo a opção mais direta. Avalie seus hábitos de consumo, seu interesse por viagens e se você tem paciência para acompanhar promoções antes de decidir.